domingo, 10 de agosto de 2025

DESPERTANTE

 Ainda algo em mim sonha sem despertar;
sem apanhar a senha que dão os anos,
os arquétipos, os intrometidos.

Algo retrovertido, cíclico, autoanalítico.
Algo por fora do juízo, dos juízos,
processos, cartórios.

Invisivelmente meritório, decifrante.
Algo por sobre o que já era antes.

Algo que não termina, burila.
Algo que não burla
(porque nem adiantaria).

Algo de olhos abertos para o interno.
Algo interino e lentamente angelizante.

Algo que muito me cresce
(e alguém só quando desperte).

Nenhum comentário:

Postar um comentário