As madrugadas dos feriados parecem blindadas
contra até a passagem do tempo.
E têm um fermento distinto,
como se delas pudessem nascer poemas,
problemas, vergonhas ou projetos vitoriosos.
Mas madrugadas é que são os tempos faustosos!
Nada me alcança.
Nada me atormenta.
A campainha não soa.
A companhia repousa.
O mundo está onde pertencente: lá.
E mesmo lá posso buscá-lo, num passo,
como me convenha.
Ser criador é uma ótima ideia,
embora seja velha.
É um poder irresistível;
os personagens nascem e morrem
(conforme saiam dos trilhos).
Criar é liberdade,
e liberdade, um perigo!
Então deponho a caneta
(como ora convém ao livre-arbítrio)
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