terça-feira, 28 de janeiro de 2025

MADRUGADA

Cai a noite na razão
e o dia não raia sobre o juízo.
Nada parece sob controle
neste mecanismo.

A madrugada não é alta
nem se rebaixa.
Tudo é solto nesta engrenagem
(como se feita de graxa).

Os olhos não veem,
mas parecem ouvir.
Como se fossem de lá,
embora estejam aqui.

Nada se remete,
nem há quem o receba.
Como se não houvesse em mim
quem o perceba.

São coisas de sonho,
mas sem categorias de inconsciente.
Nada se entende
(mas tudo se sente).

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