Está-me um domingo com cara de sábado.
(Digo mais pra senti-lo do que pra frisá-lo)
O velado não revela
nem ninguém vela o revelado.
O sepultamento dá-se precípite.
Porque é um julgamento sem arrazoados.
O martelo pesa-lhes tanto
que não pode ser sustentado.
A cada segundo desaba seu peso
sobre o que era amadeirado.
E nem se fosse diamantino
o teria suportado.
O golpe é muito insistente
pra que seja amortecido.
Ou talvez o véu fosse mortalha
e eu me tivesse esquecido.
Ninguém devia discutir acessórios.
Fazem a falta em batizados que não fazem nos velórios.
Nem se deviam discutir acidentes.
É da essência que se faz o que mereça a alcunha de gente.
Mas a quem tal não importe não importa nada!
E tudo que não importa é deixado ao limiar da estrada.
É isso ou o atropelo.
(o que é de novo o acidente valer mais que o desvelo).
Mas é apenas uma madrugada
("não é barro nem tijolo").
Mas a cada vez que derrubem a casa
hei de erguê-la de novo.
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