Para Lelê e Danilinho
Floresta, Florestinha,
conta só pra mim:
o que deve ter um bicho
pra morar em ti?
A juba do leão
é uma coisa divertida!
E também tenho macacos,
coçando suas barrigas!
A tromba do elefante
rouba água à fonte,
e a águia ou o falcão
vão riscar o horizonte!
Naquele outro canto
o gambá está sozinho
porque ninguém aguenta mais
sentir o seu cheirinho!
À girafa, bem comprida,
todos pedem uns favores,
porque lá de cima vê
se já vêm os caçadores!
O jacaré aparece
se ninguém o espera,
e nessa hora "medo!",
ninguém finca o pé na terra!
O esquilo não é esquisito,
é o maior barato,
juntando muitas nozes,
ou jogando seu baralho.
Da cobra ninguém gosta,
bicho rastejante,
que vai comer o rato,
que faz medo ao elefante!
Floresta, Florestinha,
conta só pra mim:
O que deve ter um bicho
pra morar em ti?
Pode ser bicho da selva,
e pode bicho da cidade!
E aceito até menino
com a sua idade!
quarta-feira, 30 de abril de 2014
sábado, 26 de abril de 2014
SAPIM (CRIANÇA 2)
Sapo, sapinho,
da lagoa azul!
Nunca lhe disseram,
mas você é tu!
Sapo, sapinho,
coaxando feliz!
Onde não há lagoa
há um chafariz!
Sapo, sapinho,
e tudo nos contenta:
cheirinho de café
e ardidinho de pimenta!
da lagoa azul!
Nunca lhe disseram,
mas você é tu!
Sapo, sapinho,
coaxando feliz!
Onde não há lagoa
há um chafariz!
Sapo, sapinho,
e tudo nos contenta:
cheirinho de café
e ardidinho de pimenta!
segunda-feira, 14 de abril de 2014
FUGERE URBEN!
Fugere Urben!,
me dizem e eu pasmo!
Que mania mais verde
a de se meter no mato!
No mato não há
(delícia!) notícias,
mas tampouco há fatos.
E a cidade?!
Ah! A cidade é tão bonita,
com sua gente aflita,
experimentando a contramão!
Então digo que sou citadino,
não é outro o meu destino.
Matutos, rogai por nós!
me dizem e eu pasmo!
Que mania mais verde
a de se meter no mato!
No mato não há
(delícia!) notícias,
mas tampouco há fatos.
E a cidade?!
Ah! A cidade é tão bonita,
com sua gente aflita,
experimentando a contramão!
Então digo que sou citadino,
não é outro o meu destino.
Matutos, rogai por nós!
quinta-feira, 10 de abril de 2014
NEFELIBATA
Sou feliz nas horas vagas,
quando me distraio de ser sofredor.
Estranho, penoso talento,
foi o Senhor me impor!
Tanta gente se distrai
com as coisas mais vagas,
que não vejo o menor sentido
em não ser eu feliz com as parvas!
Então peço humilde ao Senhor
que, numa próxima edição,
não me faça um nefelibata,
mas um sincero e alegre tolo,
que se distraia com qualquer algazarra!
quando me distraio de ser sofredor.
Estranho, penoso talento,
foi o Senhor me impor!
Tanta gente se distrai
com as coisas mais vagas,
que não vejo o menor sentido
em não ser eu feliz com as parvas!
Então peço humilde ao Senhor
que, numa próxima edição,
não me faça um nefelibata,
mas um sincero e alegre tolo,
que se distraia com qualquer algazarra!
quinta-feira, 3 de abril de 2014
FUGA
Foge-me a inspiração,
longe, longe!
Foge-me e outra-me,
para um lugar que não sei onde.
Foge-me e outra-me,
e deixa-me mesmo sem nome...
Foge-me a inspiração,
e me dizia uma velho tolo:
"não era mesmo coisa de homem!"
Foge-me a inspiração,
foge ao horizonte!
Foge-me a inspiração,
fuja antes que a retome!
longe, longe!
Foge-me e outra-me,
para um lugar que não sei onde.
Foge-me e outra-me,
e deixa-me mesmo sem nome...
Foge-me a inspiração,
e me dizia uma velho tolo:
"não era mesmo coisa de homem!"
Foge-me a inspiração,
foge ao horizonte!
Foge-me a inspiração,
fuja antes que a retome!
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