Abre as janelas do quarto.
Niguém te deu a asfixia por missão.
Para o que não mereça respirar,
aquela serventia da casa.
Despeja o que de inútil te ocupa as gavetas.
A outros servirá.
Aí de há muito virou invasão.
Retoma a posse de ti
antes que o tempo venha consagrar o erro,
endireitá-lo, torná-lo solene.
De que te vale o silêncio?
A vida segue infrene e renuncias
a lhe dar sentido (nesta direção fixada).
A liberdade não é lá tanta,
mas se se renuncia desnatura em servidão.
Não reclames que o tempo corre,
porque já quando parar não haverá que fazer.
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