E quando caias na real,
ninguém te levante!
sexta-feira, 30 de maio de 2025
segunda-feira, 19 de maio de 2025
À VONTADE
Há muito temos sabido que navegar é preciso
e viver, não
(embora sejam ambos necessários).
Saibamos que, sim, é arriscado,
e que riscos muitas vezes se consumam
(sem nos consumirem, por força).
A deriva é uma possibilidade,
mas muitos se resgatam da deriva.
E para uma vida de proveitos que só alcançam
os que estiveram para perdê-la, para perdê-los.
Para quem sobrepôs-se ao medo,
mesmo que pelo acidental concurso alheio.
Falha a bússola como falha o astrolábio,
ou orientação de outra base.
Só não se deixe estar falto de vontade.
sábado, 17 de maio de 2025
DIGNA-TE
Abre as janelas do quarto.
Niguém te deu a asfixia por missão.
Para o que não mereça respirar,
aquela serventia da casa.
Despeja o que de inútil te ocupa as gavetas.
A outros servirá.
Aí de há muito virou invasão.
Retoma a posse de ti
antes que o tempo venha consagrar o erro,
endireitá-lo, torná-lo solene.
De que te vale o silêncio?
A vida segue infrene e renuncias
a lhe dar sentido (nesta direção fixada).
A liberdade não é lá tanta,
mas se se renuncia desnatura em servidão.
Não reclames que o tempo corre,
porque já quando parar não haverá que fazer.
sábado, 10 de maio de 2025
AGOSTO AGOSTO AGOSTO AGOSTO
Um tupi tornado limoeiro, iluminado por Ponciano Coelho e por Nossa Senhora da Apresentação tornado artista.
Brota a vida, à vida leva. E da vida outras levas, todas leoninas.
América, Bélgica, Pádua, Belo Horizonte. Tudo Gerais de que tudo mina.
O pretérito não se afirma, adivinha-se (mas não se confirma).
É bom aprender com os erros alheios. Quantas vezes são os nossos! Sejamos lá os que formos.
quarta-feira, 7 de maio de 2025
UM ACONTECIMENTO
Conforme o Nogueira grande,
belo é o rio de que sou navegante.
Não é o da tela.
Não é o dela.
Não é o de lá.
O rio só me integra se o puder singrar.
O rio imenso, mais que o penso.
são águas que experiencio.
Às vezes me lavam.
Às vezes me tragam.
Sempre se me oferecem.
Aquelas mais belas águas
em que tudo acontece.
domingo, 4 de maio de 2025
sábado, 3 de maio de 2025
POSTO
Senhor, dá-me a castidade,
agora!
Isto é idade em que nada aflora.
E o que insiste em estar brotado
feneceu e não se dá conta.
A hora tarda, o Sol aponta.
A pretensão desarrazoada presta contas.
Senhor,
tudo foi fraqueza.
Nada foi afronta!