sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

DE NOVO

Na madrugada, atento,
eu mesmo penso as feridas 
que penso. 

As que crio.
As que passam pelo meu crivo,
cravejado por dardos de nada.

Pulsa minha veia criativa
a maternidade de minhas feridas.

Foram a minha âncora.
Hoje são minha catapulta;
me lançam a minha forma mais pura.

A minha melhor versão,
esta em elaboração.
O que faço com grande denodo. 

E amanhã a esta hora
de novo!

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