A gata olhando para o céu e pra mim,
pra mim e para o céu,
como a me cobrar o sol
neste súbito dia nublado.
Coisa que talvez já não se lembrasse que existe
tantos têm sido os dias claros.
Olha-me súplice.
Olha-me indignada?
Olha-me triste
não sei ao certo!
(Não há dedos que possa por em riste)
Mas quer o sol!
Quer quiçá me atiçar
pra que faça algo fantástico,
como quando abro a janela e venta.
Neste momento abre mão do seu garbo
e vivemos um contra-Egito.
Ninguém é Deus nem endeusado.
Ninguém á amo, apenas amado.
Porque estamos
simplesmente
lado a lado.
terça-feira, 22 de setembro de 2020
A(O)LADO
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