Rei morto, rei posto.
A ciranda é cega,
mas a dança dá-se.
Rei posto, rei morto.
Era o neto ou o avô o zigoto?
Era o pai ou o filho o cádaver?
Tem bem pouca raiz
e parece árvore.
Vêm-me e, se a bem, vão-lhes.
Rei morto, rei posto.
A ciranda é cega,
mas a dança dá-se.
Rei posto, rei morto.
Era o neto ou o avô o zigoto?
Era o pai ou o filho o cádaver?
Tem bem pouca raiz
e parece árvore.
Seus parâmetros amesquinham minha vida.
A minha vinha.
O meu suco puro, que nunca será vinho de rótulos campeões.
Minha mesa farta de pães e livre de brioches.
Não estou falto de nada.
Nem de quem me aprove.
Para quem teu dom é sintoma
não oferece tuas pérolas.
Deliram que pertencem ao que não existe.
Fecham a porta para que a loucura não entre.
Concentram-se em sua sanidade a fim de perpetuá-la,
mas esse próprio delírio demonstra a carência de criá-la.
Identificam-se com um mito;
separam 6 de meia dúzia,
chico de Francisco (ou se adornam em Pacos).
Abrem mão do mistério para criar curiosidades.
É uma postura
(e covarde!)