Foi quando a noite ventou um alívio
que o dia há muito não oferecia.
O dia sempre tão aparente,
mas que pouco se conhecia.
A noite é essa ponte larga,
disso pra qualquer outra coisa.
A madrugada é livre
porque a alma está solta.
Júpiter ainda não
(mas o tenho bem posicionado).
Algumas vezes me atrevo,
outras tantas me calo.
Mas o pensamento arrasa distâncias.
Só a afinidade sabe quanta.
E isso se reconhece,
não se engendra.
Nenhuma métrica enquadra
e nem adianta botar no poema.