A sua presença no meu recinto, sinto, não é nenhuma invasão. A sua passagem é outro avião, e dá asas ao meu desejo de retorno.
Este vir foi voltar, a isto que se proibiu e insiste. A dimensão perdida que é o Recife, que alguma vez dá medo de encontrar.
Nem tudo que nos chama nos chama para o seguro. Há muito proveito em muito apuro, mas não é preciso apurar-se.
Há tempo. Há revezamento. Fui-vim, volto, respiro e tento, tranquilo, entender o que isto é.
Porque quando pareço aproximar-me soa o alarme que eu mesmo armei e me sinto injustiçado. Sinto que fui razo onde devia ter aprofundado.
Mas a cada relance mesmo a superfície já é tanta. Sem qualquer esforço me alcança e me distraio de novo.
Não reclamo porque não tenho compromisso com o fundo da questao. Apenas a questão me intriga. Talvez melhor não resolvida, e sempre a me interrogar.
Recife, 10/3/23.
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