A criança, logo que brota, chora. Chora da ignorância de tudo. De não saber quem é, quem somos, que é o mundo.
Tenho saudade de quando me faltava o estudo, de estar horizontal e inculto. De sofrer sem saber que sofro, e sofrer o que é.
Passaram-se esses anos todos e estou marcado. Não vi o que me marcou. Pertenço. Sei um pouco mais quem sou, mas sou detento.
Cada liberdade de escolha me atrela, por não ter feito outra, aquela,que me prenderia de outra maneira.
Fiz isso a vida inteira e ainda não faço tão bem. Mas sei que sou ajudado, deste e de outro lado, mesmo se distraido.
Faço o melhor que consigo, de que se infere tentar bem muito. Investir o meu tumulto, minha ordem, minha presença.
É intuição e é ciência. É causa e consequência. É estrada, é estação.
É para frente, parando e sem volta. Não aproveita revolta. A hora é a do empenho.
Recife, 9/3/23
Nenhum comentário:
Postar um comentário