Uma noite toda preso à imagem
do seu coração sob o seio.
Se eu fosse escultor, pintor ou desenhista,
amanhã algo nascia.
Sangro meu coração todos os dias
com música comovida.
Sangro-o porque ele precisa.
Por que as coisas impossíveis querem tanto ser tidas?
(elas não querem nada, isso já é mente adoecida).
Adoecida nada! Entristecida talvez...
Deus me livre de, um dia, não sentir nada outra vez.
Sinto porque estou vivo,
e só me passa o de que necessito
(só o de que dou conta, contudo).
É forçoso que algo se passe.
Sou minha matéria de estudo
e quem não estuda não avança.
Ainda brinco em serviço,
tropeço em minha própria criança.
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