Tanta gente que tem tudo e acha que não tem nada.
A saúde estampada na cara.
A fortaleza exalando da alma.
Essa bênção Deus dá e passa,
mas não justifica desperdiçá-la.
Toda essa gente na calaçada,
distraída na caçada pelo por definição insubsistente.
É a gente não sabendo ser gente,
distraída da essência, divertida da vida.
É o mesmo em Paris e na Paraíba.
Falando a língua do "p",
desperdiçando o alfabeto.
Uma vida por objetos,
o cerne nos escapando.
Tão boa a chance de ser humanos,
mas somos antes consumidores,
proprietários.
A vida é um imenso,
deslumbrante itinerário,
mas somos os otários do atalho.
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