quarta-feira, 26 de outubro de 2022

ORTÔNIMO

 "...é solitário andar por entre a gente",
"mais solitário que um paulistano".

Mas o pano não cai.
E a peça prossegue, o proscênio.
E ali há piores que eu.

Piores para quem pôde ver.
Você pode nem vir a saber,
contente, pipoca e cinema,
com o ex que outra lamenta
sem saudades, ou até com alívio.
(Ele também já esteve em cena...)

E a vida tem mesmo seus apartes,
ou nos seria muito covarde.
Pesada demais sobre nossos ombros sem natação.

Mas na próxima haverá acertos.
Talvez até conte azulejos!
(e os ombros quiçá me cresçam...)

Tudo na vida é exercício.
É um implantar no ser eterno,
numa marcha para o infinito.

E o que era lote vira edifício.
Dos cimos a vista é bela,
de onde já menos se erra.

Fui Navarro, fui Castela.
Fui Nogueira sem ser Fernando António.
Já fui até uma pessoa!

(Olha só como o tempo voa!)


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