Não existe um poema definitivo;
o que fizesse o poeta deixar de escrever
depois de tê-lo escrito.
Nasce o sol e não dura mais que um dia.
E outros sois vêm, ou o mesmo,
relativamente diferente e suas alforrias.
Amar o perdido deixa confundido este coração.
E o coração segue. Ele não desiste da carreira.
Não tomba, bomba. Bombeia!
As coisas findas, muito mais que lindas,
essas ficarão.
E tudo se metamorfoseia.
Eu amo tudo que foi.
E sim! Até a fé, jamais errônea,
que faz de toda dor impulso,
nunca coisa medonha.
O ontem que dor deixou.
O que deixou alegria.
E eu nem sei o que já se foi
E hoje já é outro dia.
Como dizem os poetas o que eu diria!
E tudo foi sempre assim.
Mas e o poeta?
Seu ofício é sentir.
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