Tenho de ti saudades que não sinto
por nenhum ser vivente.
Tenho de ti saudades que não entende
quem viu a gente.
Sinto saudades como não há quem as sustente,
não há quem as invente.
Nenhum desavisado, nenhum dramaturgo,
taumaturgo de nenhuma espécie.
São saudades que não há quem teça.
E pelos visto serão mais fortes
sempre que anoiteça.
Sempre que eu anoiteça.
(Tão belas são elas que um poeta as enalteça!)
Amaldiçoado, não sei viver,
mas sei lembrar.
Gabriel, só as vivi
para as contar.
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