Canções de amor podem ser absurdas,
como o erro de um iluminador que foca a porção vazia do palco.
Como procurar a fala depois dos dois pontos e do travessão e só haver espaço.
Ou se perguntar que ponto final de fato encerra o assunto.
Canções de amor deviam ser proibidas na madrugada,
quando me sinto defunto.
Quando o corpo está desalmado e o espírito é foragido.
Canções de amor cruéis, sobre o que não tem acontecido.
Sei que são feitas para outros,
mas parecem falar comigo.
E guardo-lhes as dicas: o amanhã nunca sabe
(vamos ver como é que fica).
domingo, 17 de março de 2024
DO CANTO
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