Nado costas sonhadoramente
como o Sol no geocentrismo.
Vejo a imensidão do azul e a cruzo.
Por que o professor primário nos ensinou a rir disso?
Se olhavam para o céu e viam o Sol a cruzá-lo
que sistema seria mais atrativo?
O privilégio dessa imensa estrela (de quinta)
a nos voltar dia após dia numa espécie de fidelidade
deconhecida da Humanidade?
Mas o sol é o centro, Copérnico,
e é melhor sermos fiéis a nós mesmos.
É melhor transladarmos, por nós, ano após ano.
Ah, mas me agrada conduzir o carro, como Faetonte,
e trazer o dia sobre os horizontes.
Mas soou o alarme.
Uma chegada de peito e estamos liberados.
De peito aberto, como a vida deve terminar.
Mas conta outra!
Eu só estava mesmo contando azulejos.
E agora vou embora chocado com os que se gabam de saber
que o Sol é o centro do sistema portanto chamado solar,
mas se riem de haver muitas moradas na Casa do Pai.
Só há vida na Terrinha?
Giram humildemente em torno do sol,
mas, "com H maiúsculo e dourado" acham o que o Universo existe pra sua contemplação.
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