Cada lágrima que verto
é uma cicatriz com que me marco.
Asas mortas, já não abraço.
Não tenho membros.
Não tenho traços.
Não me expresso.
Não me aprazo.
Escondo-me.
Trago-me.
Não sou trazido, luzidio.
Escureço.
Calo.
Os ventos sem moinho.
Os dedos que já não calço.
Sem distâncias.
Sem destinos.
Jamais chegando.
Nunca tendo ido.
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