Ninguém dá-se ao trabalho de dar-se ao trabalho.
Sobrexcitam a imaginação e chamam-no esperança.
E, no entanto,
o dia que amahece não tolera essa infância.
Os fatos apresentam-se brutos.
Quando parece haver paz,
é só ausência de tumulto.
De sobressalto,
de conteúdo.
Um vazio expande-se,
sobretudo.
Não se acorda nem se morre,
sonha-se.
O movimento estanca.
O filme vira foto.
Desfaz-se o foco.
Estou cego
ou isto é enfim tudo?
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