quinta-feira, 13 de junho de 2024

PERCURSO

A escrita poética sincera
é de exercício frustro.
Como um grito praticado no escuro
sem real desesperação.

Esse exercício é cinema estático,
mudo ou falado.
É como canção só compasso,
sem melodia ou inspiração.

É um interior sem âmago.
É um bioma só pântano,
casa só assombração.

Nada se faz sem o assombrado.
Não se nada sem nado
(e ainda esperamos tradução).

Nenhum comentário:

Postar um comentário