para Fá.
Não sei há quanto tempo te tenho
dentro.
Aqui, onde me empenho.
Onde recolho o calor do Sol
e me recolho do vento.
Porque o ar em movimento
poderia frustrar o intento
da chama bruxuleante.
A chama que não havia antes.
A água pro sedento,
norte pro navegante.
O tempo não me mede os instantes.
42 anos não dizem muito.
O tempo, sim, o sinto,
mas não lhe vou prestar tributo.
Não temos velas sobre o bolo
Mas temos o mesmo bolo.
O bolo-ele-mesmo.
Enfeita a mesa.
Deslumbra os olhos.
Contenta!
Como contenta nossa soma benta.
De cuidado e dedicação.
De entrega.
De partilha.
De olhos.
Mas olhos nos olhos:
Muito amor,
pouco relógio!
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