Querer é uma certeza bruta
que sabe ser delicada.
Quem não sabe o que quer
não quer nada.
Talvez queira querer,
queira saber o que é isso;
que é algo que não se transmite,
nem ao saudável nem ao enfermiço.
Não se decide estar arrebatado.
Quem sabe o contrário disso
pode certamente saber-se errado.
Pode haver abertura,
mas também se abrem buracos
(e a própria sepultura).
Primeiro se é tomado.
Depois a tessitura.
Amar é a inflamada
incandescência da ternura.
Mas o amor não é teorizado
(é experiência pura).
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