Bateu asas e voou.
E pra onde será?
E será que a merece mais
quem agora a vê voar?
Será que lhe aprova o plano de voo?
Será que a ouve aceso por dentro?
Será que percebe que o seu cheiro
tem o condão de parar o tempo?
Será que se pode guiar por apenas o sorriso dela?
Que tem nela agitação de festejo
e silêncio de capela?
Será que com ela tanto faz se campo,
se roça ou se praia?
Tanto faz também se parques
são a viagem que mais a atraia?
Será que nota que as suas censuras
são as mesuras de um cuidado?
E que muito mais fatura
quem saiba estar do seu lado?
Às vezes o futuro me assoma bonito,
florido e constelado.
Mas quando me concentro
noto que contemplo nosso passado.
Assim que noto quedo-me triste.
E o moinho queda parado.
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